sábado, 25 de abril de 2009

Concorso dei Couchi 2009

Desafio chef x chef
29 de Abril às 13h
Local: Arena de Gastronomia
Restaubar - Transamérica Expo Center
Organização:

A muito tempo que eu não participava de um concurso, mas quando vi no site da Restaubar um concurso com um nível de dificuldade tão alto, “você tem 1 hora para criar sua receita do zero” e ainda mais organizado pela FIC, não resisti, com o espírito de um adolescente querendo se afirmar, preenchi a ficha de inscrição e mandei.
Caramba ontem ligaram pra me informar que sou um dos 04 finalistas, olha no que dá a crise dos 40, agora lá to eu dia 29 cozinhando para seis jurados.

Link Restaubar

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A Cozinha Francesa

Ainda hoje é a mais festejada e considerada por muitos a mãe da alta gastronomia, a cozinha francesa assim como todas as outras, deve suas origens a influencias de vários países, ou através de invasões ou através de imigração de pessoas ou seus costumes.
O fato que talvez tenha sido crucial para o nascimento de uma gastronomia consistente na frança foi a chegada no século XV de Catarina de Médici para casar-se com Henrique II trazendo consigo vários cozinheiros de Florença, até então a cozinha Francesa era praticamente medieval, ali começou uma verdadeira revolução, transformando a comida em gastronomia.
Depois vieram nomes como Marie Antoine Carême, August Escorfie entre outros, que foram gradativamente transformando a cozinha francesa na mais sofisticada do mundo.
Em 1972 um grupo de jovens chefs encabeçados pelos irmãos Troisgros, Paul Bocuse e Michel Guérard, revolucionaram não a cozinha francesa, mais a cozinha internacional, com um movimento que a imprensa chamou de Nouvelle Cuisine, trazendo leveza às receitas, respeitando o tempo e cocção de cada ingrediente visando manter suas características originais, assim como uma nova forma de apresentar os pratos com porções menores e muito elaboradas do ponto de vista estético. O que hoje chamamos de cozinha contemporânea pra mim é Nouvelle Cousine sem tirar nem por.
Modismos à parte, todos os cozinheiros que conheço usam técnicas francesas, alguns inconscientemente.
Posto aqui uma receita que assistiu, recebeu influencias e sobreviveu a tudo isso.

BOEUF BOURGUIGNONNE

INGREDIENTES:
1 kg de músculo do traseiro em cubos
1 cebola em rodelas
3 cenouras em rodelas
1 litro de vinho tinto seco
1 maço de cheiro verde
2 ramos de tomilho
1 folha de louro
1 colher de chá de pimenta do reino em grãos
1 colher de sopa de manteiga
1 colher de sopa de óleo
200g de bacon picado finamente
500g de cebolas miúdas
3 dentes de alho picados finamente
2 colheres de sopa de farinha de trigo
1 colher de chá de sal
500g de cogumelos frescos

MODO DE PREPARO:
Junte em uma tigela a carne, a cebola em rodelas, o louro, o cheiro verde, a pimenta do reino em grãos, o tomilho, e 1 copo de vinho tinto e deixe marinar por no mínimo 4 horas.
Em uma panela, coloque o óleo e a manteiga e frite o bacon a as cebolinhas miúdas, assim que a cebolinha ganhar transparência retire da panela e junte a carne só com o caldo (sem o resto da marinada) a cenoura o alho e deixe dourar, coloque a farinha de trigo e quando começar a pegar no fundo da panela junte o restante do
vinho e complete com água até cobrir a carne e deixe cozinhar por 3 1/2h horas em fogo baixo, junte as cebolinhas e o cogumelo cozinhe por mais 15 minutos e sirva.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O Sonho de um Cozinheiro

Eu tenho um sonho recorrente, conto agora a vocês na esperança de que eu seja aconselhado de forma correta e possa economizar o analista.
No meu sonho não existem cozinhas residenciais, é você esta lendo corretamente, se tem um louco aqui sou eu, simplesmente as pessoas não tem cozinhas planejadas, fogões, coifas, geladeiras com aquela torneira na porta que solta água com gosto de gelo feito com água da torneira, não existem lojas com produtos “gourmets” que são aqueles produtos que não funcionam e custão o dobro porque vieram da Europa ou Japão. simplesmente toda vez que o comum dos mortais tem fome ele vai a um restaurante.
Pronto lá vem você com aquela pergunta chata sobre os pobres, fácil eles que comam no Habibs de certo isso fará com que eles queiram ascender de classe social o mais rápido possível.
Mais e quantas pessoas perderiam seus empregos?
Para já com essas tolices, obvio que elas seriam absorvidas pelos restaurantes e pelos fabricantes de gravata borboleta para garçons.
Sem contar que em São Paulo teria a rua dos restaurantes, assim como tem a rua das noivas, a rua das motos, a rua dos instrumentos musicais, a rua das putas, são Paulo tem uma rua para cada setor da economia, a coisa é tão organizada que temos uma rua especifica para os viciados em crack.
Por isso somos a grande capital brasileira e da America latina, sigam nosso exemplo e comecem logo a criar ruas pra tudo.
Bom voltando a meu sonho, todos os tecnólogos em gastronomia sairiam das faculdades realmente formados e prontos a exercer uma função na cozinha, e cairia por terra essa lei hedionda de lacrar a impressora fiscal, e cada vez que um cliente pão duro pedisse a nota fiscal paulista um raio cairia sobre sua cabeça, o mesmo raio que cairia sobre a cabeça dos clientes que não dão os 10% de serviço.
Acho que vocês já pegaram o espírito do meu sonho, logo espero alguns comentários construtivos antes do começo do próximo mês que é quando tenho minha primeira consulta marcada com o neto do Freud.

domingo, 12 de abril de 2009

Esta Confirmado: A Coxinha é Nossa

Acho que todos os apreciadores desta maravilhosa iguaria, considerada a rainha da baixa gastronomia ou comida de boteco, como os eruditos estão falando, já pensaram neste assunto, de onde veio? Quem é seu pai ou criador? Qual seria sua idade?
Perguntas que até Hoje estavam sem resposta, mais os repórteres investigativos do nosso Blog entediados com o feriado de Páscoa, entraram em ação e pesquisando com afinco por 15 minutos no Google finalmente vão nos tirar da completa ignorância sobre este quitute.
Conta a Historia que em Limeira no interior de São Paulo por volta de 1876 na fazenda Morro Azul vivia um menino filho da Princesa Isabel e do conde D`eu, que por ser deficiente mental vivia afastado da corte.
O tal menino tinha varias manias e alimentá-lo era bem difícil, quando ele cismava com algum prato só comia aquilo, bem o menino só comia as coxas do frango e um dia a cozinheira da fazenda percebendo que não teria coxas o suficiente para alimentá-lo resolveu transformar o frango inteiro em coxas, o menino adorou, mais o sucesso só veio quando a Imperatriz em visita ao neto, provou o bolinho que ele tanto apreciava, ela gostou tanto que pediu a receita e levou para a corte.
Vejam só, a rainha dos botecos no fundo tem sangue azul, outro tabu que se quebra é sobre a coxa creme (aquela que é uma coxa com osso e tudo) empanada ser a original, e nossa nobre dama ser uma derivação.
Bom a historia é boa mais falta à receita, posto aqui não a original porque esta não tenho, mais uma boa receita.
COXINHA

ingredientes:

Para a massa:
2 tabletes de caldo de galinha.
1/2 xícara de chá de óleo
3 xícaras de chá de farinha de trigo
Farinha de rosca para empanar
óleo para fritura
1 xícara de chá de leite
300g de purê de batatas

para o recheio:
1 peito de frango sem pele
1 cebola picada
1 xícara de chá de salsinha picada
catupiry
sal e pimenta do reino a gosto

Modo de preparo:
cozinhe o peito de frango em 300 ml de água os tabletes de caldo de galinha e a salsinha por 20 minutos.
reserve o frango.
junte na água o leite e o purê de batatas, em fogo alto até ferver abaixe o fogo e de uma só vez despeje 3 xícaras de farinha de trigo peneirada.
Mexa vigorosamente até que a massa fique bem cozida e comece a desgrudar da panela, despeje a massa em pia untada c/óleo.
desfie o frango e refogue com os outros ingredientes, reservando somente o catupyri para a montagem.
faça bolas do tamanho desejado abra e recheie c/ o frango e o queijo catupiry feche a massa e passe no ovo e na farinha de rosca.
Frite em óleo quente.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O Pão

Não tenho pretensões de ser purista ou extremamente fiel a historia, então vamos começar a partir dos Egípcios no século VII AC, eles que começaram a fermentar a massa e assá-la em fornos de barro, vários artesãos que trabalharam nas pirâmides recebiam seu pagamento em pães.
Mais foi na idade media que o pão tornou-se popular, pois com a queda do império Romano as padarias desapareceram e o pão passou a ser feito em casa popularizando seu consumo.
No Brasil o pão só passou a ser consumido no século XIX, antes disso nossos ancestrais comiam Beiju de tapioca em todo território nacional, hoje é uma iguaria creditada ao nordeste porque foram os últimos estados a terem acesso à farinha de trigo, ainda hoje a pobreza impede que muitos nordestinos comam pães.
Neste caminho o pão se tornou moeda de troca, símbolo de poder, e largamente usado pelas mais variadas religiões, Jesus fez uso do pão inúmeras vezes algumas em rituais e outras para matar a fome do povo.
A minha paixão por este alimento vem dá infância com as torradas de creme de espinafre gratinadas, o pão italiano para roubar molho de tomate antes do almoço e aproveitá-lo até a ultima mancha no prato depois.
Eu amo pão e claro sua melhor acompanhante, a gordura láctea na forma de manteiga e queijos.
Este caso de amor já vem querendo se tornar casamento há alguns anos mais demorou a tomar forma, o projeto esta pronto para sair do forno se me permitem a ironia, e o nome não poderia ser outro Paratodos, aguardem mais noticias em breve.
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