quinta-feira, 28 de julho de 2011

O CRIADOR
Quando se pensa em chefs de cozinha logo se imagina um cara criativo inventando receitas maravilhosas todos os dias e fazendo banquetes com uma abobrinha.
Como em qualquer profissão uns são absurdamente metódicos, outros executivos brilhantes e uns poucos realmente criativos.
Vejo jovens recém-formados achando que sua criatividade vai leva-los as capas das melhores revistas de gastronomia, mas não é assim que a banda toca.
Quando começamos a cozinhar por insegurança seguimos receitas, porem sem respeitar muito a precisão de pesos e medidas.
Numa segunda fase toda a família e amigos nos dizem que somos grandes cozinheiros, dai começamos a “criar”, misturamos ingredientes e não raramente colocamos temperos e especiarias demais, escondendo e maculando o sabor do ingrediente base, chamo esta fase da fase da gororoba.
Os Mais espertos percebem que o ideal é voltar a seguir receitas, mas desta vez respeitando cada medida e cada detalhe, só então começamos a aprender a cozinhar.
Após milhares de pratos executados a perfeição e que começamos realmente a ter palato suficiente para ousar criar algo, num primeiro momento coisas simples como fazer releituras de pratos clássicos e se realmente levamos jeito pra coisa quem sabe podemos um dia ter que dar um nome a uma nova receita.
Mesmo assim a chance de alguém em algum lugar do mundo já ter feito algo parecido é gigantesca.
Á meses venho pensando em uma sobremesa a base de maçã que fuja da apfelstrudel e da Apple Pie já muito bem executadas em vários endereços da cidade.
Finalmente alguém me deu a Luz que faltava quebrando o telhado da minha casa iluminando tudo.
Eis a foto do meu mais recente filho, Palloma Pie.    

    

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