domingo, 4 de outubro de 2009

El Toreador

Quem nunca assistiu a uma tourada, nem que fosse pela televisão?
Como Dominguin em tarde de festa de touros, meu amigo Wiland chegou à casa do Ripp.
Após breve conversa fomos ao Quorton, que naquela segunda feira chuvosa se tornaria a Plaza de touros, como no ritual da vestimenta do traje de luces em que o toureiro se apronta para o espetáculo, ele montou cuidadosamente seu mis em place, cada detalhe era checado e nada foi feito sem que seus olhos atentos não percebessem.
Começa o espetáculo, um após outro os touros e toureiros que abririam à festa foram fazendo suas performances, alguns gritos entusiasmados com uma ou outra toureada mais plástica, mais lá todos esperavam pela apresentação de Dominguin ou Wiland como é conhecido aqui no Brasil.
Como sempre os imprevistos e os organizadores atrasaram ao Maximo sua entrada, para aumentar a ansiedade e expectativa da platéia já impaciente para ver mais um show do maior matador de touros já visto na Espanha.
Com mais de 2 horas de atraso Dominguin entra no centro da plaza e o silêncio e apreensão aumentam.
Com a experiência de quem já matou mais de mil touros Dominguin acende o fogo da platéia e de sua paelleira e começa não mais um espetáculo mas o espetáculo.
Azeite, alho, frutos do mar, açafrão, com elegância e leveza se alternam sons e perfumes que levam todos ao delírio.
OLEEEEEEEE!!!!!! OLEEEEEEEE!!!!!!!!!!
E finalmente chega à hora em que o Rei da arena dá sua estacada final, silêncio novamente e com uma colher de serviço no lugar da espada à platéia é arrebatada.
Todos jogam seus chapéus para cima como se não esperassem velos novamente.
O suor e o sangue na areia branca da arena são uma lembrança de que Dominguin passou por ali.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

É terminantemente proibido copiar os artigos deste blog. Leia a nossa licença.
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do código penal. Conheça a Lei 9610
.